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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Se a vida tornar-se uma guerra, retribua com uma flor.

Um dia crescemos...

Um dia crescemos e vemos tudo que deixamos para trás. Descobrimos que nossa vida será sempre feita de lembranças das coisas que ficaram, das pessoas que passaram e dos momentos que se eternizaram. São memórias que queremos esquecer e memórias que queremos reviver.
Um dia crescemos e descobrimos que nossa infância já se foi, que o tempo de adolescência já não existe mais. Vemos-nos em um mundo onde no princípio estamos perdidos, sem apoio de quem sempre zelou por nós. Distraídos no meio de tanta confusão, não encontramos mais aquele amigo que por tanto tempo esteve ao lado. Afastamos-nos daqueles amigos que sempre nos quiseram bem, que fizeram parte das brigas e parte das conquistas. Para trás ficam os professores, as pessoas que nos viram crescer, aqueles que um dia imaginaram o que seria daquele (a) garotinho (a).
Um dia crescemos e nos habituamos a uma vida calma, a uma vida séria. A rotina, por mais que temida, passa a tomar conta de nossas vidas, afinal não podemos viver apenas de festas pela eternidade. Crescemos e nos habituamos ao trabalho, ao estudo e às poucas pessoas que ficaram de uma vida toda.
Um dia crescemos e aprendemos que a família é sim a base de tudo. Compreendemos que os pais sim, sempre tinham razão. Que esses são os que mais zelaram por nós, e são os mesmos que até a morte nos colocarão em primeiro lugar. Aquele velho (a) chato (a) que um dia tanto incomodou passa a ser o (a) dono (a) da razão, tomamos o lugar de responsáveis e passamos a compreender que a “chatice” de antigamente, hoje já não é mais tão chata.
Um dia crescemos e passamos a dar valor a pequenas coisas. Vemos num simples gesto o carinho de quem preza por nós. Aprendemos a valorizar aquilo que realmente há de importante na vida, afinal as quedas com o crescimento foram inúmeras, o que nos faz refletir sobre o real sentido de cada valor que estimamos em nossas vidas.
Um dia crescemos e lembramos-nos daquele (a) que um dia realmente nos importou na vida. Daquela alma que certamente era gêmea, daquele sentimento adolescente que parecia insubstituível, e que, de fato era insubstituível.
Um dia crescemos e sentimos falta do que não fizemos, sentimos falta do que não falamos, sentimos falta do que não expressamos. Refletimos sobre o como fez falta uma palavra, um gesto de carinho, um “obrigado”, um “por favor”, um “eu te amo”. O dia que crescermos o tempo já terá ido, as pessoas passado e pouca coisa, diria pouquíssima coisa, poderá ser reencontrada.
Um dia crescemos e o pior é que não sabemos quando nem como. Um dia perdemos tudo e da mesma forma, não sabemos nem onde e muito menos quando. Um dia crescemos e só nos basta ter certeza que aquilo que queríamos que nos acompanhasse pela vida foi trazido junto, pois a dificuldade de reconquistar o que já fora nosso é imensa.
Um dia crescemos e a garantia de que fizemos nossa parte, é pensar: o que quero para mim após o dia que crescer?
Um dia crescemos e a vida passa a ser real, passa a ter sentido e a melhor coisa é crescer ao lado de quem realmente amamos, afinal: um dia crescemos e isto sim é inevitável.

“O dia que eu crescer, quero ter certeza de que mesmo que não trouxer comigo aquilo que quero para minha vida, lutei até o fim para que isso fosse possível. Eu sei o que quero para mim, eu sei o que tenho de importante para minha vida, e com certeza a vida é muito curta para desperdiçarmos aquilo que de melhor temos, principalmente com bobagens. Afinal um dia crescemos, e o arrependimento será constante e somente a certeza de que a luta pelos objetivos esteve presente é que pode amenizar qualquer futura decepção.”

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